terça-feira, 27 de abril de 2010

iô-iô

"e eu atirei-me sem reservas, acreditando sempre que sim."

domingo, 25 de abril de 2010

constante(mente)

it's amazing how you can speak right to my heart
without saying a word, you can light up the dark
try as I may I can never explain
what I hear when you don't say a thing

the smile on your face
lets me know that you need me
there's a truth in your eyes saying you'll never leave me
the touch of your hand says you'll catch me wherever I fall
you say it best when you say nothing at all

sábado, 17 de abril de 2010

disgusting jackpot

é quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração, lembras-te? mas agora é diferente. agora já não espero nada de ti. sabes porquê? porque não tens nada para dar. nem a mim, nem a ninguém. há muito tempo que o teu coração se fechou para o amor incondicional. talvez os filhos, se os tiveres, te consigam resgatar da ratoeira em que vives. mas não as mulheres. nem eu, nem outras. não alcançamos esse poder, porque tu não possuis o dom da entrega. é um dom, sabias? pode ser uma fraqueza, mas é, acima de tudo, um dom divino. o dom da entrega, o dom da partilha, o dom da vontade, todos ligados como irmãos da generosidade. palavras que possuem para ti algum mistério, talvez porque, infelizmente, não me parece que já as tenhas vivido debaixo da pele. saberás encená-las com graça e mestria, como qualquer sedutor profissional. poderás até sentir que as estás a viver, mas será apenas uma ilusão, porque de novo voltas ao teu casulo, ao teu labirinto perdido, onde reinam a ordem e a frieza controladas de quem governa a realidade sozinho, sem admitir que outro alguém possa fazer parte dela.
provavelmente já nada te conseguirá mudar. viverás sempre assim, escondido de ti próprio, usando o bom coração das mulheres que te forem amando, alugando-lhes amor e tempo em troca de promessas dúbias e declarações ambíguas, aguentando-te o melhor que conseguires num charco de equívocos e meias verdades. nem sequer és imoral, és só amoral. e, ainda pior do que seres amoral, sou obrigada a reconhecer que não tens carácter. não é que tenhas mau carácter, vê se me entendes; simplesmente és desprovido dele.

(margarida rebelo pinto)